sexta-feira, 18 de julho de 2008

Parques de Giz...


Foi demais.



Dá um tempo, desta vez foi demais.


Está doendo pra valer.


E é tão doentia essa tua compaixão e tão pequeno me abraça... se desinfetas tuas mãos e tua vontade de perdoar o que eu não tenho vergonha de ser nesse teu mundo vulgar. Ah, acho tão discreto esse teu charme e teu sorriso nos jornais. Diz então, como podes me abrir o teu lar se pões pregos em meu corpo? E os espinhos em meu coração não me deixam caminhar sem deixar esse rastro no chão. Faz assim, desenha um parque pra mim e vem brincar até a tua mãe chamar, que amanhã aproveitamos o giz pra desenhar outro lugar...

Quão cruéis crianças podem ser? Quão cruéis elas podem crescer e mostrar o que aprendem com os pais? E apontar seus dedos aos demais. Será que nascemos mesmo assim ou será que deixamos tudo desabar? Pois não lembro de um dia sequer sem sentir não ter meu lugar e sem ver meus parques de giz sumirem com a chuva.

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