sábado, 11 de setembro de 2010





Alice Narcoléptica 




Ah meu amor, este suor enfermo
Blasfema meu erro, de
faca em punho
Clareio
teu rosto, te faço meu sonho
Pra que entre eu e tu não existam segredos

E se te peço perdão, é porquê te amo
E se te marco
meu nome é porquê venero
A tua beleza, teu calor eterno
Salva este
coração mundano

Ah
meu amor, me faz oceano
Pra que dissolva em ti meu choro profano
Por ter cometido o pior dos enganos

Hoje sei, sem você amor, não sou vida
Sou dor,
amargura, vazio e ferida

Salva este coração mundano.




"Não mais correrei atrás de borboletas, vou esperar que elas venham até mim"


(Alice narcoléptica - DOD)


Hoje sinto uma dor imensa... um ódio a tomar meu ser... minha cabeça dói, dói muito, a ansiedade toma conta de mim, e onde está você agora?
Vc está no seu mundo, com seus amigos e com seus vícios... com seus amores, antigos amores e quem sabe ainda verdadeiros...
É triste saber que eu nunca farei parte dele por completo, e mais triste ainda saber que a minha vida é a tua, ou pelo menos era... Um grande buraco se abre sob meus pés, sinto mãos sujas me puxando para baixo, ouço vozes me falando um monte de coisas, algumas até legais me dizem o que fazer... Quero voar, alto e com força, quero sentir de novo o vento no cabelo e a brisa no rosto, quero chegar ao mais alto penhasco, contemplar o horizonte, sentir sua energia, caminhar até a beira, abrir minhas asas e me deixar cair, sentindo a liberdade e vendo o filme de meus dias, minhas conquistas, derrotas, medo, angústias, meu extremo, e nessa queda lenta poderei até decidir se alço vôo ou se deixo meu corpo ser atirado no mar e ser arremessado nas pedras com a força das ondas... Se ainda viverei? não sei, depende de quão forte eu estiver na hora da queda, e se quero voltar? também não sei... caminhar sozinha não tem a menor graça, e ser acompanhada por alguém que pensa em outro nos momentos de fraqueza é pior ainda... mais eu acho que se você soubesse onde é esse bendito penhasco, acho que antes de me jogar, você estaria ao meu lado, para me empurrar e voar... segurando na minha mão...


                                                                                                               Drogas e sonhos...











Náufrago com o corpo cansado
no breu aguardo a tempestade
decidir se me atira outra vez as tuas praias
ou se enfim me leva às rochas
pra descansar. (Horizontes de outono - DOD)