Nada tinha cor, cheiro, alegria, Ela... A sala desarumada contrariava o seu zelo por aquele lar tão espirituoso, seu quarto somente sua cômoda tão vazia quanto eu, que estava lá buscando ouvir seus passos, sua voz convidativa a uma entrada e um café...
No meu quarto a sensação do abandono, mas ainda sob os olhos de Fátima que continuava a olhar por todos que ali entram. Na cozinha, uma atmosfera pairava a tristeza da sua ausência...
Com muita dificuldade, caminhei até o jardim no seu quintal, que estava mais seco do que os cômodos daquele aconchego... perguntei se podia ficar mais um pouco, depois do sim, as lágrimas que já rolavam tomaram outro sentido... reguei seu jardim com cada lágrima da minha saudade.
Me senti tão angustiada, ansiosa, tão triste mas, quando as lágrimas que molhavam cada grão daquela terra que também sentia saudade da alegria daquela guerreira, nossas dores se transformaram em lembranças boas que só quem viveu saberá!!!
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